Nubank

Com aproximadamente 10mil m² e um pé-direito triplo de 15 m, a nova sede do Nubank foi projetada em uma das naves de um dos antigos galpões do grupo Votorantim, na Vila Leopoldina. O projeto Nubank-Spark, como foi batizado, foi pensado a partir da horizontalidade do complexo e de sua estrutura industrial, além de buscar conciliar o compromisso do Nubank de integrar-se com a arquitetura local e ntegrar a equipe à sua cultura.

O resultado é a materialização de um ambiente dinâmico e integrado de trabalho, que se alinha de maneira fluida com as características do bairro, considerando o plano diretor e as perspectivas empresariais da Vila Leopoldina, que aos poucos se transforma em um polo tecnológico devido à proximidade com universidades e agências criativas na região.

Para a implementação do programa de necessidades, o escritório mergulhou na cultura da empresa, que valoriza a troca de conhecimentos e a pluralidade de conexões, traduzido na nova sede, projetada para receber empresas, parceiros e colaboradores – em torno de 1.700 pessoas.

O espaço é composto por um térreo, de 4.400 m², e três mezaninos personalizados, de 1.320 m² cada. Um programa que acomoda 750 estações de trabalho formais, salas de reunião de diferentes portes, espaços de trabalho compartilhados e individuais, cozinhas, copas, praças de encontro, áreas de descompressão e healthcenter.

Logo na entrada principal, pode-se ver um pouco do propósito deste novo espaço: sua entrada é aberta ao público e conta com um NuCafé para receber os visitantes. Esta área do térreo foi desenhada pelos arquitetos para ser um local de encontros, para fortalecer os laços e promover a interação dos times no período pós-pandêmico, no qual o modelo de trabalho é híbrido. Uma área DayOne - um auditório com capacidade para até 400 pessoas – foi ali alocado para a necessidade de acomodar eventos presenciais com as equipes.  

Ali também fica alocada a “Praça Nu”, espaço projetado para ser um centro de integração, inovação e colaboração. A integração de elementos naturais, como as ilhas verdes, contribui para criar um ambiente saudável e inspirador. Além disso, apreservação da iluminação natural da cobertura reforça o compromisso ambiental no projeto, explorado também em outras frentes, como o máximo aproveitamento das estruturas existentes e instalações, baixando o índice de geração de resíduos.

"Um organismo vivo, que possibilita a adaptação dos ambientes conforme as necessidades de todos queali o ocupam. Por este motivo, os materiais utilizados têm vida útil elevada eos elementos foram escolhidos e dispostos de uma maneira que, de forma fácil e rápida, possam ser modificados ao longo do tempo.

Entre os elementos originais do prédio, o cimento queimado nas paredes e teto foram mantidos, ao mesmo tempo em que elementos contemporâneos foram acrescentados. É o caso do forro colméia, que ajuda a demarcar as áreas conforme seu desenho.

Uma escada em caracol preexistente conecta os mezaninos, os quais receberam layout diferentes de usos e formas de trabalho. Nestes três pavimentos foram dispostas estações de trabalho, agrupadas entre salas de reuniões de capacidades distintas, booths, phonebooths, espaços de descompressão e áreas informais de reunião aberta. As luminárias, com uma linguagem linear e curva e diferentes aplicações, ora pendentes, ora sobrepostos, reforçam a variedade do layout.

Ambientes com isolamento acústico, com elementos como antecâmaras e camadas duplas foram colocados no auditório e materiais de revestimentos acústicos, como forros e painéis de parede, foram aplicados para aprimorar o conforto e inteligibilidade dos espaços de trabalho e contribuir com a realização de reuniões e trocas mais privadas no dia a dia.

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